No sul do estado do Amapá foram descobertos vários sítios arqueológicos, com dezenas de urnas antropomorfas da cultura Maracá. |
Matéria interessante do site: www.edhorizonte.com.br/ |
Quando o assunto é a conservação da natureza, o extremo norte do Brasil é uma região privilegiada. Com mais de 70% do território coberto por áreas protegidas, como parques nacionais, terras indígenas e reservas biológicas e extrativistas, o Amapá abriga um mosaico de paisagens naturais altamente biodiversas, que só agora começa a ser conhecida pela ciência. A opção de manter a floresta em pé, no entanto, representa um desafio para os amapaenses. Eles precisam criar condições para utilizar esse tesouro florestal como motor do desenvolvimento econômico e compromisso social, gerando renda e proporcionando um futuro mais promissor para a população, com responsabilidade ambiental.
Achados mostram como os primeiros habitantes ocuparam a Amazônia
Arqueólogos do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (IEPA) descobriram em 2005, no município de Calçoene, vestígios de uma edificação em pedra que pode ter sido utilizada como observatório astronômico pelos antigos habitantes das Américas. O monumento de 127 blocos de pedra talhada, fincado no solo e arranjado em círculo tornou-se visível depois que um produtor rural derrubou a floresta para abrir pasto. O achado impressiona porque pode contribuir para mudar as teorias sobre a ocupação da região pelos primeiros habitantes do continente.
O Amapá é um campo promissor para descobertas arqueológicas, herança das populações que ocuparam as zonas mais planas e férteis, próximas aos rios, muito tempo antes da chegada dos europeus. Os vestígios indicam que essas culturas surgiram por volta do século 1 e se extinguiram pouco depois do descobrimento do Brasil. No século 19, elas começaram a ser estudadas pelo arqueólogo Domingos Ferreira Penna, que descobriu um sítio arqueológico nas margens do rio Maracá, a 130 km de Macapá, contendo urnas funerárias com formas humanas. No norte do estado, destaca-se a cultura Cunani, pesquisada pela primeira vez em 1895 por Emílio Goeldi, cientista suíço radicado no Pará, que descobriu no local jarros, bandejas, moringas e outras peças decoradas com diversos motivos geométricos.
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