O veneno alcalóide provém de insetos venenosos que fazem parte de sua dieta. Isso explica porque ao longo do tempo em cativeiro, o P. terribilis perde lentamente seu veneno. A criatura que transmite os alcalóides assassinos para a rã é um besouro da família Melyridae.
Para se ter uma idéia do poder letal do veneno deste pequeno besouro, dois décimos de micrograma desta toxina pode matar um humano em poucos minutos. Cada adulto contém 200 microgramas em sua pele.
Os índios pegam estas rãs com muito medo e passam as pontas das flexas nas costas delas. Depois de esfregadas, as flexas ficam letais por mais de dois anos. Assim, os índios pegam macacos e outros animais com mais facilidade. Para capturar a bizarra rãzinha, o índio tem que ser muito macho e usar uma folha de bananeira como luva de proteção.
Os médicos e laboratórios farmacêuticos estão estudando as moléculas da homobatracotoxina para encontrar um caminho para remédios mais potentes, como relaxantes musculares e anestésicos, uma vez que o veneno da rã teria potencial para dar origem a um anestésico bem mais potente que a morfina.
O P.Terribilis pode ter outras cores, como verde, branco e creme, além da versão amarelo-dourado aí da foto. Ele é encontrado na Colômbia, Bolívia, Equador, Brasil e por toda a área tropical da América do Sul, sobretudo na Amazônia, pois a rã vive em lugares úmidos e com muita chuva e calor.
Curiosidade:
O nome “batracotoxina” deriva do grego batrachos, que significa rã. As batracotoxinas (BTXs) foram descobertas em 1968-69 em extratos da pele de rãs da família Dendrobatidae do gênero Phyllobates provenientes das florestas tropicais do Oeste da Colômbia. Estas rãs são também conhecidas como “rãs dos dardos venenosos“ ou “rãs das setas venenosas”, porque os Índios nativos desta região das tribos Noanamá Chocó e Emberá utilizavam as secreções da pele destas rãs para fazer dardos venenosos. O uso do veneno das rãs para este fim é praticado apenas no Oeste Colombiano, onde vivem as espécies mais venenosas (Phyllobates terribilis, P.bicolor e P. aurotaenia, sendo a primeira a mais tóxica). No entanto, existem muitas outras espécies de “rãs dos dardos venenosos” menos tóxicas, que não são suficientemente venenosas para este uso, e que vivem nas florestas tropicais do Sul da América Central e do Norte da América do Sul.
4 comentários:
muito bom
no que ria sABER UM NEGOSIO PARA O MEU TRABALHO DA RÃ VENENOSA E NAO ACHEI NADA MUITO MAL INFORMADO
Esta faltando a classificação biologica
características gerais da classe
característica do animal
adorei..Parabéns!
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