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sexta-feira, 30 de julho de 2010

O maior desastre ambiental dos ultimos anos....A natureza agoniza nas águas do golfo!

Petróleo  há mais 60 dias jorra nas águas do Golfo do México e mancha a imagem de gerenciador de crises de Obama colocando o presidente diante do maior desafio enfrentado pelo seu governo.

 A notícia corre o mundo.

São milhares de toneladas de petróleo despejadas todos os dias no golfo do Mexico.


As dificuldades do grupo petroleiro britânico BP em deter a maré negra no Golfo do México suscitam novas interrogações sobre as perfurações em águas profundas, com efeitos possíveis para projetos de exploração, inclusive o do pré-sal no Brasil, e um aumento certo nos custos de extração e, portanto, dos preços do barril.
"O que está acontecendo é algo que afetará a indústria mundial de gás e petróleo e terá, necessariamente um amplo impacto, não só nos Estados Unidos, mas em todo o mundo", disse nesta sexta-feira Tony Hayward, conselheiro delegado do grupo BP, que originou a pior maré negra da história dos Estados Unidos.
Na véspera, ele admitiu ao Financial Times que a BP não tinha "os instrumentos necessários em (sua) caixa de ferramentas".
"Os acontecimentos do Golfo do México demonstraram que perfurar a uma milha (1,6 km) de profundidade, mais 2 milhas na rocha submarina é um pouco como enviar um homem à Lua. A tecnologia para encontrar petróleo a estas profundidades existe (...), mas a tecnologia para administrar um desastre a esta distância, não", disse David Hufton, analista da PVM.

A primeira consequência para a indústria foi a moratória de seis meses decretada pelos Estados Unidos sobre novas perfurações, que adiou vários projetos petroleiros em frente à costa do Alasca.
Seu impacto deveria ser pouco importante. Segundo um estudo de Wood Machenzie, reduziria em 80.000 barris diários a produção mundial em 2011, isto é, menos de 1% do total.
Mas as consequências da catástrofe para o abastecimento devem ir muito além das restrições.
"A incerteza sobre o futuro das perfurações petroleiras em águas profundas é agora considerável nos Estados Unidos e em outros lugares", disse Helen Henton, analista do banco Standard Chartered.
Para o mercado americano, estas dúvidas não são insignificantes. O Golfo do México representa 19% das reservas de petróleo americanas, 80% das quais em águas profundas, e 29% da produção nacional, afirmou.
Segundo a Agência Nacional de Energia, esta região é essencial para assegurar a oferta futura do planeta: deveria fornecer meio milhão de barris diários acima de sua produção atual entre 2008 e 2014.
A catástrofe poderia ter, também, efeitos na exploração de uma jazida ainda mais promissora: as reservas offshore de Brasil, estimadas em 50 bilhões de barris de petróleo presas sob uma espessa camada de sal a 7.000 metros de profundidade.

"A última consequência (da maré negra) será frear o desenvolvimento dos projetos em águas profundas, aumentar os custos de produção, o que fará subir os preços do petróleo a longo prazo", concluiu Henton.
"É surpreendente que os preços do barril não tenham reagido com mais força", emendou Hufton.
A maré negra demonstrou a dificuldade das companhias privadas para ter acesso a novas reservas: distantes das grandes jazidas "fáceis" do Oriente Medio, com exceção do Iraque, devem procurar petróleo em condições cada vez mais perigosas.
"O mundo precisa do aporte do petróleo de águas profundas e os Estados Unidos podem se beneficiar amplamente destes recursos do Golfo do México", disse Hayward.
Também dá argumentos aos defensores do "pico petroleiro", aqueles especialistas convencidos de que a era dos hidrocarbonetos está prestes a terminar.
"A indústria perfura a profundidades tão extremas só porque tem poucas alternativas (...); é um sinal claro da iminência do pico petroleiro", escreveu no jornal The Independant David Strahan, autor de "The last oil shock" (A última crise do petróleo, em tradução livre).

 Na opinião de muitos analistas políticos, a maré de óleo será para Obama o que o furacão Katrina foi para o seu antecessor. "Obama tem um problema político. A mancha de petróleo vai grudar nos seus sapatos com a mesma tenacidade que a falta de gerenciamento após o furacão Katrina grudou nos do antecessor George W. Bush", escreveu o jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung.
Os críticos acusam o presidente de mau gerenciamento da crise, de ter encarado o problema de forma hesitante e tardia. Pior do que isso: pouco antes do desastre, Obama se colocou ao lado da indústria, defendendo claramente a extração de petróleo em águas profundas. "Eu me enganei", diz ele hoje.
E o fato é que não há muito que Obama possa fazer além de elevar a pressão sobre a petroleira BP para que feche de uma vez o buraco por onde jorram entre 1.600 e 3.400 toneladas de óleo cru no mar todos os dias, segundo estimativas. É a indústria, e não o governo, que detém o know-how para as explorações em águas profundas.
"Há quase dois anos, foi uma crise que guindou Obama à Casa Branca. E agora uma crise pode colar na sua administração a pior e mais duradoura mancha. O cool gerenciador de crises (…) [de 2008] simplesmente não sabe o que fazer contra a mancha de óleo no Golfo do México em 2010", avaliou o jornal alemão Handelsblatt.
Obama reagiu às críticas. "Eu assumo a responsabilidade", afirmou numa entrevista coletiva para a imprensa, na quinta-feira passada. E anunciou a prorrogação por seis meses da moratória para perfurações em águas profundas na região do Golfo do México.
"Aqueles que pensam que fomos lentos na resposta ou que falhamos na urgência desconhecem os fatos", afirmou Obama. "Essa tem sido a nossa mais alta prioridade desde o início da crise."
Na sexta-feira, Obama viajou para as regiões atingidas – foi apenas a segunda viagem em 40 dias de desastre. Na região costeira do estado de Louisiana, Obama conversou com pescadores, moradores e políticos locais. "Estou aqui para dizer a vocês que não estão sozinhos. Vocês não serão abandonados."
A mensagem é especialmente importante para a região, cujos habitantes ainda trazem vivas na memória as lembranças da devastação causada pelo Katrina, que destruiu a capital Nova Orleans.


Fracasso e nova tentativa
A sorte, porém, não está do lado do presidente. Neste sábado, a BP anunciou o fracasso da operação Top Kill, destinada a conter o vazamento. A operação, complicada e sem precedentes à profundidade de 1.500 metros, consistia em enviar para dentro do poço uma espécie de lama, formada com a mistura de água e de matérias sólidas.

Até bolas de golfe, pedaços de pneus e cordas foram usados pela BP para tentar bloquear o vazamento. Quando ele parasse, seria necessário cimentar o buraco.
Obama anunciou o fracasso neste sábado: "Se no início recebemos relatos positivos sobre o procedimento, agora está claro que ele não funcionou". Com isso, a BP se voltou para uma nova tentativa. Ela poderá levar até mais de quatro dias para ser posta em prática, afirmou o diretor de operações da empresa, Doug Suttles.
Segundo ele, o novo método consiste em enviar robôs ao fundo do mar. Eles deverão serrar os tubos danificados do poço e depois cobrir o local com uma estrutura que permita capturar o petróleo e posteriormente transferi-lo para um navio.
"Este método não está isento de riscos e nunca foi testado anteriormente a esta profundidade", recordou o presidente norte-americano. "Foi por isso que não foi posto em prática antes de todas as outras opções terem sido tentadas. Será difícil e demorará vários dias", advertiu.
Nas palavras da assessora para energia de Obama, Carol Browner, o governo está preparado para o pior. "Poderá haver petróleo vazando até agosto", declarou à emissora de televisão NBC. "Este é provavelmente o pior desastre ambiental que já enfrentamos neste país."

A British Petroleum se comprometeu a reservar US$ 20 bilhões para pagar prejuízos financeiros no Golfo,mas e os prejuizos ambientais causados neste incidente?

 Estima-se que entre 12 e 19 mil barris de petróleo são despejados por dia nas águas do Golfo. 

Podemos notar nesta foto as ondas com petróleo chegaram à costa da Praia Orange, no Alabama, EUA


A natureza esta cada vez mais ofendida com as ações do homem.



Abaixo um comentário do blog Substantivo Plural



O petróleo (o ouro negro) é um dos maiores poluidores do mundo. Seja poluindo a atmosfera via gás carbônico, seja poluindo nossos mares nos muitos vazamentos de navios petroleiros e desastres em poços de petróleo como esse do Golfo do México. Muitas guerras foram provocadas por conta do petróleo.
A escolha pelo petróleo como forma de produção de energia foi uma escolha suicida. A humanidade precisa urgentemente pensar em formas alternativas de produção da energia. Energia que move o mundo, Sem ela não podemos viver. Quem mais polui não quer parar de poluir.


O petróleo vai continuar matando nossos mares por algumas décadas. O mar, fonte de vida inesgotável.
Como paliativo do poço em águas profundas no golfo do México, vão tentar fechar e não mais utilizá-lo.
Só nos resta chorar e lamentar mais esse acidente. Milhares e milhares de espécies mortas.

Na Bélgica, ativistas do Greenpeace cobrem seus corpos com petróleo falso pelo Golfo do México

 Também houve manifestação na sede da petrolífera em Londres
Militantes da organização ecológica Greenpeace escalaram numa quinta-feira em maio a sede da petrolífera britânica BP no centro de Londres para protestar contra a maré negra no Golfo do México.
Oito ativistas colocaram uma bandeira com o logo verde, amarelo e branco da companhia manchado de negro, simbolizando o vazamento provocado em 22 de abril passado pela explosão e posterior afundamento da plataforma Deepwater Horizon.

A polícia foi chamada, mas não realizou nenhuma detenção.
"O vazamento de petróleo no Golfo do México se originou das decisões tomadas nesse prédio", afirmou um dos manifestantes, Ben Stewart, de 36 anos.
Um porta-voz da BP assinalou, por sua parte, que os militantes abandonaram o prédio e não perturbaram a atividade da companhia.


Segundo os dados apresentados pela própria empresa responsável pelo vazamento o desastre pode durar anos para ser totalmente limpo.
Grandes faixas de petróleo não se integram à maré negra que cobre a superfície de parte do Golfo do México e se mantêm circulando no fundo do mar, uma situação que, alertaram cientistas , pode ser devastadora para o ecossistema submarino da região.
"Amostras de água retiradas da região e analisadas por especialistas mostraram extensas faixas de petróleo em profundidades entre 50 e 1.400 metros", disse à AFP o oceanógrafo Yonggang Liu, da Universidade do Sul da Flórida (USF, na sigla em inglês).
"Esse petróleo em águas profundas é invisível para os satélites", disse Liu, da Escola de Ciências Marinhas da USF, que integra uma equipe de especialistas de várias entidades especializadas que acompanham a circulação do vazamento na superfície e debaixo d'água.
O fato de se manter oculto não faz com que seja menos nocivo, ao contrário, já que torna quase impossível limpá-lo e combater seus efeitos, afirmaram especialistas.
"É uma questão de lógica ver que o ecossistema em águas profundas do Golfo vai ser afetado (...). O impacto pode ser muito grande em toda a cadeia alimentar, em espécies de peixes sensíveis e em pequenas criaturas do oceano", acrescentaram.


"Não estamos mais lidando com um grande vazamento monolítico. Estamos lidando com uma agregação de centenas de milhares de manchas de óleo que estão indo em muitas direções diferentes", disse Allen.
"Lidar com o vazamento de óleo na superfície vai durar um par de meses (depois de tampado o poço). Questões de longo prazo para a restauração do meio ambiente e dos habitats (...) levarão anos."

Segundo alguns, explorar as águas profundas aqui pode ser mais perigoso do que no Golfo do México. Por isso, um acidente como o dos EUA poderia acontecer no Brasil.



Fontes: O Estadão/Blog Lado C/Ig/Google

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